12/11/2024

Já está no ar a segunda temporada do programa Repórter do Futuro na Rede Câmara de SP

Por Thaís M.Manhães.

A segunda temporada do programa Repórter do Futuro na Rede Câmara de São Paulo, fruto da colaboração entre Escola do Parlamento da Câmara Municipal, OBORÉ e Rede Câmara São Paulo, traz série inédita de 13 episódios que exploram temas da cidade. O programa de entrevistas, aprofunda questões sociais, culturais e políticas destacadas nas produções.

Na primeira temporada, o Repórter do Futuro revelou a diversidade de problemas que envolvem a capital paulista - desde reflexões sobre a gestão das árvores urbanas em "No meio do caminho tinha uma árvore" até a uberização do trabalho em "Uberização do trabalho e a inviabilidade da exploração". Cada episódio ofereceu uma perspectiva única e provocativa de temas relevantes da cena paulistana.

A temporada inaugural também contou com produções que refletiram sobre questões sociais urgentes, como "Upcycling: a resposta está no lixo", que explorou as práticas sustentáveis de reaproveitamento de materiais; "Rap nas agulhas: a cena das batalhas em SP", que mergulhou na vibrante cena do hip hop na cidade, e assuntos como desigualdade social e diversidade visto em obras como "Quem roubou minha esperança" e "Contraste”.

Na segunda temporada, o programa continua com o propósito de oferecer uma plataforma para jornalistas recém-formados e estudantes de jornalismo explorarem diferentes formatos e temas de interesse da cidade por meio de suas produções. Os dois primeiros episódios, "Janelas Fechadas: trabalho e emprego para imigrantes em São Paulo", de Natasha Meneguelli e Fábia Medeiros, e "Para Além da Idade", de Camilo Mota, Danilo Zelic e Thaís Manhães, já estão disponíveis. As produções oferecem, respectivamente, uma visão sensível sobre a questão da vida dos imigrantes em nossa cidade e sobre como é viver o envelhecimento em uma megalópole como São Paulo. O episódio, "Fale! Não se Cale!" de Aline Miranda e Vitória Gabriele, aborda questões fundamentais relacionadas aos direitos das mulheres.

Assista os episódios que já foram ao ar.

Para esta temporada está previsto um total de 13 episódios, sendo oito produções do módulo Correspondentes da Cidadania, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), e cinco episódios oriundos do curso Cinema e Jornalismo – 3ª edição. Os programas são gravados no estúdio Vladimir Herzog na Câmara Municipal de São Paulo, com produção de Juliana Quintella. O roteiro e a apresentação são dos jornalistas Amanda Stabile e Augusto Godoy, ex-alunos do Projeto Repórter do Futuro.

A parceria

O convênio de parceria entre a OBORÉ e a Câmara Municipal de São Paulo existe desde 2010, antes mesmo da criação da Escola do Parlamento. Com a criação da Escola em 2011, por iniciativa do então presidente da casa, vereador Police Neto (PSD), o acordo foi celebrado para a realização de cursos voltados para as questões da cidade, como o “Descobrir São Paulo, descobrir-se repórter”. Desde então, em suas 15 edições, os cursos buscam criar um ambiente em que os estudantes de jornalismo tenham condições de aprofundar pautas sobre a cidade de São Paulo e ter contato com fontes especializadas.

O projeto viveu as transformações tecnológicas características das últimas décadas. Se no início as produções eram basicamente em texto, ao longo do tempo migraram também para o formato audiovisual, conta Sergio Gomes, diretor da OBORÉ. Com isso, pudemos explorar novas possibilidades de veiculação dessas produções, como é o caso agora, com a TV Câmara.

“A possibilidade de termos materiais audiovisuais de qualidade para veiculação na Rede Câmara é algo muito recente, de três, quatro anos para cá”, disse Sergio. E a Rede Câmara de São Paulo abriu essa possibilidade de ter, em sua grade, o registro das produções audiovisuais realizadas nos diferentes módulos que o projeto oferece.

“Rede Câmara: a sua conexão com a política da cidade”

Impulsionado pelo advento da TV a cabo, o vereador Henrique Pacheco (PT), à época primeiro secretário, foi o responsável pelo projeto de instalação da emissora. A primeira transmissão foi em 15 de julho de 1997 e se baseou nos canais da Rede Câmara Federal e Senado.

Atualmente, a emissora conta com a parceria da TV Cultura, administrada pela Fundação Padre Anchieta. Ao todo são 105 funcionários: dois da Câmara Municipal de São Paulo, 90 da Fundação Padre Anchieta e 15 estagiários.

Ao completar 25 anos em 2022, a emissora ganhou a Salva de Prata, proposta pelo vereador Milton Leite (UNIÃO). A honraria é concedida pela Câmara a instituições que se destacam na prestação de serviços ao município de São Paulo.

Na virada dos 25 anos da TV Câmara, a emissora alterou a grade de programas e passou por um “rebranding”: agora o “TV” foi substituído por “Rede” - Rede Câmara de São Paulo. O programa Repórter do Futuro entrou na grade neste contexto comemorativo.

“Antes do programa nós já tínhamos uma relação com o projeto Repórter do Futuro. É uma relação que foi sendo constituída, junto com a relação com a Câmara. A gente transmitia os encontros, divulgava, e cobria alguns encontros ao longo desses onze anos, até que de fato, nesse momento especial de 25 anos, estreia da nova grade, virou um programa”, diz Juliana Quintella, produtora do programa Repórter do Futuro.

Segundo Flávio Munhoz, coordenador geral da Rede Câmara, a conexão entre a emissora e a população tem duas vias.

“Tanto nossa [Rede Câmara] de transmitir para o cidadão o que acontece no legislativo paulistano, quanto de receber da sociedade o que ela está discutindo para amplificar para a sociedade porque isso gera discussões positivas e cidadania, que é o que buscamos no desenvolvimento do nosso trabalho”, afirmou Flávio.

O slogan da Rede Câmara, “a sua conexão com a política da cidade”, segundo Flávio Munhoz, responde a relevância do programa Repórter do Futuro na grade da emissora legislativa.

“O projeto Repórter do Futuro traz essa questão da imprensa, do diálogo, do jornalismo, muito viva, muito orgânica para dentro da nossa grade, aproximando o legislativo da população”, diz Flávio.

Um dos diferenciais do programa para a grade da Rede Câmara, segundo Juliana, a produtora do programa, é o olhar “de fora da casa”.

“O programa Repórter do Futuro é uma visão de fora da Rede Câmara, de quem não está aqui, é o único programa que a gente recebe os conteúdos e em cima deles a gente traz a entrevista no estúdio”, diz Juliana.

Outro diferencial levantado pela produtora é o estímulo para os estudantes de ter um canal disponível para veicular suas produções. Além da televisão, a Rede Câmara está presente hoje em outras plataformas como o Instagram e Twitter, por exemplo.

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Serviço: Segunda temporada do Programa Repórter do Futuro na Rede Câmara de São Paulo

Todas as segundas-feiras, às 16h30, no Canal 8.3 da TV aberta digital e no site da Rede Câmara.
Episódios disponíveis: Playlist “Repórter do Futuro” no canal do YouTube da emissora.

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