Futuro da agricultura passa por Congresso da Contag
Serão cinco dias de discussões, assembléias e articulações políticas que determinarão os rumos do Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais nos próximos 4 anos.
O Congresso Nacional da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) costuma ganhar espaço na imprensa nacional pela importância de suas deliberações, mas também pela divulgação do novo presidente da entidade, que passa a ter controle sobre nada menos que 3.600 sindicatos em todo o Brasil.
Este ano, o atual presidente, Manoel dos Santos, ou Manoel de Serra (em referência à sua cidade natal, Serra Talhada, no Sertão pernambucano), filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores) deve concorrer à reeleição.
O Congresso tanto pode ter uma chapa única em torno de Manoel dos Santos, quanto uma disputa que envolva outros nomes. A definição do quadro eleitoral tem que acontecer até o dia 28 de fevereiro porque o novo regulamento estabelece como limite para inscrição de chapas o prazo de 15 dias antes do início do Congresso.
Projeto Alternativo - Além da discussão da presidência, os delegados também estarão envolvidos em questões mais amplas, que atingem diretamente a vida dos brasileiros, como o PADRS (Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável).
Já é dada como certa, em qualquer resultado eleitoral, a intenção de ampliar as conquistas deste Projeto ousado que apresenta uma nova proposta para as pequenas e médias cidades de perfil agrícola e mesmo as chamadas cidades rurais, mas não agrícolas.
Entre outras coisas, o PADRS fala do fortalecimento das linhas de financiamento para os agricultores familiares, da importância da reforma agrária, da formação de cooperativas e da agregação de valor ao processo produtivo das pequenas propriedades rurais.