09/01/2001

Agricultura livre de veneno cresce 10% no Brasil

A agricultura orgânica é uma das atividades que mais se desenvolvem no mundo. Livre de agrotóxicos, os alimentos produzidos neste tipo de cultivo registraram aumento de 10% no Brasil e 20% nos Estados Unidos.

Na Europa, foi criado um consórcio pela França, Alemanha, Holanda e Espanha voltado para a criação e incentivo de políticas de agricultura orgânica.

A expansão desse mercado é duplamente boa: para os consumidores que têm alimentos mais saudáveis e para os agricultores que evitam o contato com os venenos usados na lavoura.

Os números estão sendo vistos com otimismo em todos os setores da cadeia produtiva, mas para os agricultores familiares ligados ao Movimento Sindical, eles representam uma vitória ainda maior.

Há anos trava-se uma batalha no Governo e na Sociedade Civil para o reconhecimento da importância desse tipo de cultivo natural e de outras práticas desenvolvidas pelos agricultores familiares.

Por serem propriedades de menor estrutura, baseadas na mão de obra da família e, em alguns casos, de poucos assalariados, elas representam a solução ideal para problemas como o êxodo rural e o desemprego no campo.

O crescimento desse tipo de cultivo é um sinal importante do sucesso que esse modelo de pequenas propriedades pode ter.

Toda a proposta dos agricultores familiares sindicalizados para o campo brasileiro está no Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável (PADRS), desenvolvido pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), suas Federações e Sindicatos.

O programa de rádio semanal, A Voz da Contag, produzido pela Oboré Projetos Especiais, traz na edição desta semana reportagem sobre o assunto.

A Voz da Contag fala também sobre experiências concretas de agricultura orgânica desenvolvidas na Bahia, onde a Federação dos Trabalhadores na Agricultura, atenta para essa tendência, realizou, nos dias 19 e 20 de dezembro, em Salvador, o VI Seminário e Agricultura Orgânica.

Sobre esse mesmo assunto, a Contag e suas Federações já promoveram seminários nas região Sul e Sudoeste, na Chapada Diamantina e Vale do São Francisco.

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